O futebol brasileiro vive um paradoxo permanente. Dentro de campo, é um dos maiores celeiros de talento do planeta, responsável por formar craques que encantam as maiores ligas do mundo. Fora dele, porém, o cenário é de um paciente crônico, que, a cada novo exame, revela sinais preocupantes. O Relatório Convocados Galápagos Capital 2025, produzido pela Convocados e Outfield, trouxe novamente um retrato duro da elite do futebol nacional: receitas recordes, mas corroídas por dívidas e déficits, investimentos volumosos, mas sem retorno proporcional, e um sistema estruturalmente dependente da venda de atletas para sobreviver.
Quando a Sociedade Anônima do Futebol (SAF) foi legalizada no Brasil em 2021, muita gente torceu o nariz. A ideia de transformar clubes em empresas parecia um atentado à tradição. Mas, com o passar do tempo, a realidade mostrou que a SAF não é inimiga do futebol. Pelo contrário: ela é um caminho para que clubes se tornem sustentáveis, competitivos e vencedores.